Meus caminhos são diferentes dos seus, e nada parece dar certo. Talvez fosse melhor caminhar sem ser percebido. Nenhum homem será capaz de transformar este caminho em uma verdade absoluta. Tudo parece cruel e triste. Amar demais e não ser correspondido nunca é o mesmo. As pessoas roubam nossa esperança.

Não quero falar nada, mas sei que o medo que tenho não posso passar para as pessoas ao meu redor. Elas sentiriam meu frio e meu receio de que descubram minha verdade, que não parece ser igual à delas. Hoje, percebo que nada do que construímos é realmente sólido.

Não vou contar o quanto já sofri. Minha infância não foi fácil, e perdi muito enquanto tentava descobrir quem sou. Chorei várias noites, esperando que o mundo enxergasse quem eu realmente sou. Mas você parece ter medo de ver o que os outros veem em mim. Eles são cruéis, jogam pedras, mas não colhem amor.

Isso, no entanto, não importa mais. Você parece estar em meio a uma guerra interna. Queria um vento que limpasse os erros que você cometeu comigo. Mas não tenho palavras. Não vejo valor nisso. Apenas percebo que preciso lembrar os meus próprios valores.

Na minha frente, vejo pessoas que não se importam com nada. Sinto-me um tolo por acreditar que pessoas como eu, que caem e choram, são normais. Prefiro me afastar de todos, fugir da visão daqueles que tentaram me derrubar. Talvez seja hora de recuar e me afastar das pessoas que me fazem mal.

Estou em uma corda bamba, sem saber o que fazer ou dizer. Parece que tudo o que falei ou fiz foi apenas uma tentativa de mostrar que estou bem. Minha mente é paciente, mas não duvido que as pessoas façam comigo o mesmo que fazem com outros: julgam com facilidade, usando palavras que não refletem a verdade. Elas não entendem que, no fundo, somos todos iguais.

Eu me coloco em meu canto, com medo de todos, e me permito acreditar que nada importa na visão dos outros. Viramos apenas uma página esquecida, sem lembrar que também somos alguém.

Se olharem para o meu rosto fragilizado, talvez pensem que é melhor assim, que me vejam triste e sozinho no canto. As pessoas não se permitem contrariar alguém que, no fundo, é apenas como elas. Isso reforça a ideia de que precisam se sentir superiores.

Sinto um frio na barriga ao ficar no meu canto, mas, de certa forma, isso me faz bem. Encontrei uma certa tranquilidade em viver assim, sozinho, porque ninguém parece se importar.

 Não entendo minha vida, parece que tudo está destruído. Culpa de quem? Minha, como sempre.

Não entendo por que as pessoas têm preconceitos contra nós. Mesmo percebendo os problemas, eu queria muito que a vida mudasse. Mas só vejo uma forma de viver: caminhar por caminhos onde as pessoas não percebam minha presença. Talvez o melhor seja largar tudo, fugir, deixar tudo para trás. Mas, no fim, nada muda.

As pessoas seguem o próprio caminho, e eu continuo pagando sozinho. Talvez seja hora de me afastar, de não dizer mais nada. Apenas aceitar que nasci sozinho e que vou vagar assim, permanecer solitário. Não se trata de amar ou não, mas de entender que precisamos de uma chance para mudar e que o mundo perceba nossos valores.
O mundo deveria enxergar que somos, muitas vezes, apenas uma pessoa solitária.

É tão ruim perceber a solidão. Parece que nada importa, que o mundo não vê com os mesmos olhos. As pedras que lançam contra nós vêm carregadas de culpas e de uma verdade distorcida.
Preciso apenas de um tempo para viver. Agora, as nuvens que cobrem minha mente só me fazem querer correr e deixar tudo para trás. Estou diante de conflitos com pessoas que confundem minha mente, e, sinceramente, não estou disposto a enfrentar nada. Queria apenas um momento para ficar no meu canto.

O mundo não dá escolhas, só causa dor. Muitas vezes, ouvimos pessoas desejando nosso mal. Por isso, fecho meus caminhos e sigo em silêncio. Quando vejo pessoas felizes, sinto que não tenho direito a isso. Nem me importo mais com o que falam de mim.

Você foi apenas um estranho que entrou na minha vida. Se algo que você diz me causa estresse ou raiva, talvez o melhor seja estar longe das pessoas. Às vezes, só queria viver preso em um mundo que não me machucasse mais, ou até mesmo preferir a morte ao sofrimento de conviver com as pessoas. Para mim, você é uma pessoa complicada, que não me ouve, que não muda, e isso destrói tudo ao nosso redor.

Apenas vejo o mundo girar, e ninguém se importa. Meus medos aumentam, minha mente está fraca, e sinto que não há mais nada que me prenda a este mundo. Ainda assim, acredito em Deus, acredito que Ele pode mudar as coisas. Mas, no fundo, me sinto como um grande palhaço, sem valor, jogado fora como uma carta de baralho marcada.

Você transformou o mundo ao meu redor. O que poderia ser um herói se tornou um grande vilão. Todas as palavras que eu poderia usar se voltam contra mim, então eu fico calado e sofro. Não é ruim sentir medo; o ruim é perceber que as pessoas não enxergam o seu valor. Jogam pedras e agem como se tivessem o direito. Mas eu não julgo, não condeno.

Nascer não foi minha escolha, mas sumir poderia ser. Às vezes, desejo afundar no mar e desaparecer, longe de tudo e de todos. Sinto-me mal, muito mal. As pessoas que sonham em estar ao meu lado fogem quando veem a realidade. Não percebem quem sou. Talvez meu destino seja ficar à deriva, afundar e ser esquecido para sempre.

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Exponho meu rosto neste chão, pedindo que tudo isso fosse mentira — tudo o que construímos e que foi reduzido a ruínas. Nossas mãos expostas revelam tantos fatos; viemos ao mundo em pedaços, mas não admitimos nossos erros. Expomos nosso rosto, mas nos tornamos fracos por acreditar que somos melhores que os outros. Fazemos de nossas incertezas meias-verdades, proferindo palavras que nunca mais retornam como antes.

Estamos embriagados por tantas coisas malditas, carregadas por palavras que apenas queriam frear nossas línguas recorrentes. Neste mundo, somos tudo aquilo que a humanidade fraca teme admitir: "Eu". Mas perante o mundo, tudo foi jogado aos sete ventos. Não entendo como as pessoas possuem o poder de diminuir o outro. Então, eis aí: tudo o que você alimenta em ser não pode torná-lo herói, mas vilão de sua própria existência.

No presente, carrego tudo o que você me fez de mal. Suas palavras já não me machucam, mas talvez você pense que coloca cravos em meu caminho. Saiba que, no final, são cravos que você mesmo deveria colher. Na margem do acerto, isso pouco me importa. Talvez eu seja egoísta por reconhecer que você já foi um tudo para mim. Mas hoje, não lamento sua perda. Estou cansado do fardo que carrego.

Muitas vezes, acredito que posso superar seus grandes feitos ou fracassos. Com tanta liberdade, não posso ser apenas um mero rapaz carregando as mágoas da sua vida. Um mundo feito de lágrimas e marcado pelas suas faltas. Eu desejo, e quero, que você veja em mim grandes feitos, mesmo sabendo que tudo isso pode levar ao abismo profundo da sua existência. Uma existência destruída por suas próprias mãos.

Que mundo é esse, onde tentamos entender o guardião que ora é herói, ora é vilão em nossas vidas?