Tão sombrias são as minhas palavras. Apenas ouço a sua voz. Só preciso despertar daquilo que um dia me fez bem, mas que agora me entristece. Sou refém de tudo aquilo que necessito. Minha vida, tão distinta... Eu só queria, novamente, poder abraçar, e não estar aqui — longe de todos.
Percebemos, no fim, que estamos sozinhos. Solitários. Apenas fecho os olhos e percebo: sou grande em nada.
A cada passo que dou, só queria desaparecer de tudo e de todos.
Alimento minha tristeza. Vivo um grande pesadelo. Prefiro ser um fantasma — a sombra na mente dos outros — do que alguém que simplesmente não faz sentido para ninguém.
Percebo que tudo o que me alimenta não me fortalece, mas me enfraquece, e me deixa cada vez mais próximo da vontade de me aproximar de ti — de querer-te — ainda que isso só traga conflito e dor.
Não consigo imaginar viver o resto da vida sendo alguém que carrega tudo isso.
Mas, quando fecho os olhos, vejo pessoas como você: tolas e frágeis...
E isso também me deixa fraco.
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