reféns da parte sombria que carregamos.
O caminho insiste em voltar à minha frente,
e você, sempre você, provocando dores
que eu não desejaria a ninguém.
O mundo gira lento ao meu redor,
decepções espalhadas como poeira no vento.
Procuro um lugar que mude meu rumo,
que me erga, que me limpe, que me cure.
Mas a roda-gigante gira e gira,
e eu permaneço preso ao mesmo ponto,
tentando levantar sozinho.
Suas vontades conhecem apenas seus fracassos,
e arrastam consigo aqueles que fingem lealdade.
E eu, sem perceber, me vejo preso
à sua essência que me puxa para o desatino.
Busco pessoas de caráter e luz,
mesmo sem saber para onde caminham.
Vejo o melhor no mundo, mas tropeço
nos piores caminhos que ele oferece.
A roda-gigante favorece o seu lado,
não o mundo que sonhamos juntos.
Você se liberta do que me prende,
entrega o melhor de si ao pior dos lugares,
e pisa em quem tenta te dar sentimento.
Eu só queria mudar o modo de ver o mundo,
mas você escolhe ser aquilo que lhe convém.
Talvez um dia a roda gire a meu favor,
revelando o melhor que escondo,
mesmo que hoje ela pareça girar
para tudo,
menos para o amor.
E assim sigo, preso e desperto,
querendo me libertar das suas vontades
e abraçar, enfim,
o mundo que é só me
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