Vivemos momentos tão incomuns que tudo me choca — e, ao mesmo tempo, nem sei o que vim fazer aqui.
Vejo pessoas sorrindo, mas, quando abro os olhos de verdade, percebo outras coisas…
Me pego imaginando se tudo depende mesmo das pessoas.
Mas o que vejo não me inspira.
Não quero apenas ficar aqui.
Quero estar onde as pessoas realmente enxergam quem somos de verdade.
Tudo me incomoda.
Parado, perdido, chocado com esse mundo que vive correndo, mas não vai a lugar nenhum.
A gente não é exemplo de nada, só de dor disfarçada.
O mundo espalha discórdia e sofrimento.
Vivemos de aparência, como se isso bastasse.
Precisamos de tempo…
Tempo pra simplificar.
O mundo não mostra as verdades — só uma vitrine de mentira.
Talvez seja hora de ver com outros olhos.
Que toda lembrança de calamidade e dor não seja o fim, mas o alerta.
Porque tem dor dentro da gente que ainda quer ser ouvida.
Mas o mundo insiste em ignorar isso.
Não me identifico com pessoas que não demonstram amor.
Mesmo assim, sigo no caminho de mostrar o meu.
Quero amar esse mundo que tenta nos odiar.
Que tenta apagar quem somos só pra depois criar ainda mais separação entre nós.
Eu não sou o melhor exemplo,
mas também não sou uma promessa falsa.
Deixa eu caminhar…
Construir um mundo onde o amor seja o exemplo.
Onde a verdade seja simples — e não manipulada.
Tô cansado de imaginar que você não é pra estar perto.
Então prova que é.
Mostra que o mundo ainda pode dar amor verdadeiro,
e que isso pode tocar cada um de forma racional e sincera.
Deixa eu ser esse exemplo.
De caráter.
De alguém que reflete.
De alguém que não apaga memórias, mas transforma dor em aprendizado.
A humanidade precisa disso: regência, valores, presença.
Quero olhar nos rostos e ver transformação.
Ver coragem onde antes havia medo.
E entender que não busco mais gente parecida comigo —
mas sim pessoas que se importam com o mundo de verdade.
Pessoas que entendem que nossas escolhas moldam o futuro.
E que só através do amor — real, sentido, tocado —
a gente pode mudar o rumo de tudo isso.