Quando meu mundo já não sustentava as verdades, deixei de lado tuas vontades.
Dei tanto de mim, esperei tanto de ti, mas quando as portas se fecharam, restou-me apenas o lamento.
As mentiras que um dia te serviram hoje não sustentam o peso da vergonha em teu rosto.
Aos olhos dos outros, talvez você pareça bom; aos meus, revelou-se um monstro.
Nunca entendi tuas intenções, pois nelas nunca houve amor.
É triste ver costas se virarem quando sempre estive presente.
Nada mais me prende aqui.
Meus passos são curtos diante de tanta dor.
Espero que um dia percebas quem realmente esteve ao teu lado.
Imagino mundos onde tua presença fosse verdadeira, palavras que não disse, mas que ardem dentro de mim.
Tudo o que construímos foi pó — um pesadelo consumido pelo tempo.
Busco saídas entre ruínas, desejando apenas que tivesses me entendido.
Mas de ti recebi apenas ausência, silêncio, desprezo.
As marcas ficaram em minha pele e em minha alma.
Que um dia teu caminho encontre seu fim, ainda que distante de mim.
Nunca recebi respostas — apenas o vazio.
Apagaste as luzes, roubaste o calor, e mostraste tua incapacidade de amar.
Eu acreditei em ti, e mesmo assim nunca feri ninguém.
Toda essa guerra, no fim, foi tua escolha.
És a própria ruína que acreditou enganar o mundo.
Deixaste o amor morrer, trocaste fé por cinzas, caráter por abismo.
Destruiste tua família, fizeste da vida dos outros um inferno.
Por onde passas, deixas rastros de caos, como um vendaval de ódio e pavor.
Não conheces compaixão, não conheces ternura.
O que te move é o rancor.
E eu, que um dia esperei amor, hoje carrego apenas a sombra do pesadelo que me deixaste.
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