Algum dia você já parou para imaginar este mundo?
Saber que tudo sempre esteve tão perto de nós,
e ainda assim, aos poucos, se perdeu nas mãos do destino.
Foi culpa, foi guerra de sentimentos,
feridas abertas que nunca foram nossas,
mas que recaíram sobre inocentes.
Falamos tolices, calamos verdades,
não tivemos tempo de dizer o que importava.
E isso foi ruim —
foi cruel para mim.
A vida nunca mudou,
sempre seguiu feita de conflitos e dores.
Talvez um dia entenda:
isso não foi só meu,
foi de todos nós.
E, mesmo assim, não tivemos medo.
O mundo viu nossa guerra,
viu como fomos incapazes de compreender uns aos outros.
Divergimos em cada lado,
entre ataques e silêncios.
Chegou o momento em que já não havia vontade
de olhar nos olhos de quem estava à frente.
Você não percebeu,
mas arrancou o melhor de mim.
E ao fazer isso, afastou-me de tudo o que era verdadeiro.
Jogou mentiras ao vento,
alimentou sua própria prisão.
Revelou a falta de caráter,
e deixou em mim uma dor que hoje é prova
do que você foi.
Não espere compaixão.
Você foi cruel.
O que vivemos foi apenas reflexo da realidade:
divergências que nunca soubemos curar.
Acreditar estar do lado da verdade
não te fez maior.
Só te deixou preso à sua própria visão,
incapaz de enxergar
que nada em você muda,
que nada em você liberta.
Eu sigo lutando
pelo pouco que ainda me sustenta.
Sua falta de amor não me enobrece,
mas também não me destrói.
Apenas me mostra
que não quero você por perto.
Não quero saber da sua vida,
nem do seu olhar invejoso,
que deseja que a felicidade dos outros seja ruína.
Porque o mal que você espalha
já não me alcança mais.
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