7 de out. de 2025

Por muitas vezes fui esquecido pela ausência, jogado em um calabouço para ali permanecer. Sempre tive em mente que você nunca se importou. Eu estive, mas não tive importância. Não somos como você, que sempre esteve em lugares que faziam dos outros tolos banais, usando-os para si. Tudo de mal que vem de você não me define; sou apenas aquilo que restou em sua vida, a árvore genealógica de sua existência, apontando suas fraquezas.

Mas nada disso aconteceu comigo. O inverno chegou, e tudo foi separado: o que era real do que era irreal. Pode ser que a vida nos torne reféns de sentimentos contrários àquilo que você foi para mim. Não culpe apenas a ignorância; você soube escutar a arrogância, e sua imprudência te levou a manter algo lírico, mas incapaz de ouvir.

Sempre tive a coragem de ouvir as pessoas e reconhecer os pecadores, pois sei que aquilo que se assemelha não deve tornar-se retórico. Não estou aqui para justificar meus erros. Não cheguei ao meu fim. Tudo aquilo que semeei não foi retórico; foi para mostrar que minhas atitudes eram capazes de entender que a separação e a dor não nos tornam mais ou menos fortes diante das meias verdades.

Meu rosto está exposto para que você veja quem eu sempre fui. Isso fez parecer que seria o meu final. Por sua causa, farei imenso o peso das suas verdades; não permitirei que me levem ao fim. Não culpe apenas a ignorância e a imprudência ao dizer que a dor nos separa.
A lembrança doce me faz questionar o que posso esperar de você: sentimentos inversos daqueles que não ousaram dizer as vaidades e as loucuras.

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