Não há razão para tamanha destruição. Não vivemos nenhuma guerra, e mesmo assim sempre mantive minha posição. Quando olho para você, vejo tudo o que fez com a minha vida, com os meus sonhos. Vejo a grande destruição que causou, uma guerra que poderia ter tido fim, mas você nunca deu um passo atrás.
Sempre permaneci firme, mas o mundo ao seu redor se tornava cada vez mais contraditório diante das suas mentiras. Você falava de mim como se eu fosse o problema, quando na verdade era você quem mostrava mau caráter. As nossas brigas destruíram pessoas que nada tinham a ver com isso. Nada do que vivi eu tinha imaginado.
Você deixou feridas em mim. Agiu como covarde. Chegou ao ponto de me bater, de tirar sangue do meu rosto, gerando revolta e traumas que carrego até hoje. Quantas vezes eu quis fugir de tudo… mas você sempre criava novas guerras, sempre manipulava as pessoas ao redor, sempre espalhava caos.
Até que um dia precisei tomar uma decisão: fui embora da sua vida. Deixei tudo para trás. O preço do que você fez talvez você nunca entenda — o valor de um filho que você sempre tratou mal. Que exemplo de pai é esse, que gera tanta raiva, tanta dor, a ponto de me fazer perder até o rumo da minha própria vida?
Quantas vezes tive que voltar atrás, pedir desculpas, tentar entender… e você nunca recuava. Só avançava. Fiz coisas que nunca imaginei fazer, alimentado por todos os sentimentos ruins que você plantou. Você criou um mundo de sombras e nunca teve coragem de reconhecer seus erros.
Estou indo embora por sua culpa. Porque você nunca foi homem de verdade para admitir o que fez. Prefiro estar longe de alguém que alimenta raiva e rancor. Leve seu ódio para o seu caixão, porque eu não vou perdoar os males que você causou.
Você sempre se mostrou um covarde, mesquinho, valente apenas dentro de casa — mas na rua, um cachorro que nem late. Racista, cruel, despejando sua raiva em mim por não aceitar que eu apontasse o que fazia de errado. Queria que eu fosse seu escravo emocional.
Eu matei dentro de mim o sonho de ter uma família porque tive que aceitar tudo o que você fazia, inclusive contra a própria mãe. Nunca passei a mão para encobrir sua covardia e mesquinharia. Você me atacava todos os dias, buscando meus erros, enquanto fingia ser uma pessoa boa.
Aos poucos, percebi quem você realmente é. Não um pai, não um homem de verdade, mas alguém que sempre caminhou com a injustiça. Prefiro não mencionar certas coisas que você fez — coisas que nem deveriam ser ditas.
Espero que um dia você pague pelo que fez. As marcas que deixou em mim ainda estão aqui, na pele e na memória. Você jogou sobre mim culpas que não eram minhas, fez coisas que eu não posso nem escrever. Que pai é esse? Que pessoa boa é essa?
Que você sinta, um dia, o peso daquilo que plantou. E que a justiça alcance tudo o que você fez como o péssimo homem que sempre foi.
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